Ontem, em uma das livrarias da cidade, tive a satisfação de encontrar duas das minhas traduções recentes na mesma gôndola: Desafio e O Diamante, em parceria com o amigo tradutor Robson Paulin (clique no nome de cada livro para saber mais a respeito).
O interessante é que essas duas obras têm mais coisas em comum do que o fato de terem sido publicadas pela Editora Novo Conceito. Em particular, é legal ressaltar que as narrativas dos dois livros se desenrolam de acordo com os pontos de vista de personagens diferentes. Em Desafio a história é contada alternadamente pelos dois protagonistas, Logan e Rachel; cada capítulo é narrado por um personagem ou pelo outro. Em O Diamante, além da alternância dos personagens-narradores (que agora são quatro), existem também diferenças na época e no contexto histórico de cada um deles. Enquanto um dos personagens está nos dias atuais, outro está na década de 1980, outra na década de 1970, e outra ainda no início dos anos 2000.
Ver partes da mesma história serem contadas sob perspectivas diferentes (especialmente com as diferenças de gênero em Desafio e as diferenças histórico-temporais em O Diamante) não é uma tendência tão nova, mas vem se tornando mais comum nos últimos anos. Além de proporcionar ao leitor a experiência de acompanhar a história sob pontos de vista diversos, é uma forma também de deixar a narrativa mais dinâmica; ao invés da história ficar centralizada num único protagonista, esta forma de narrar também dá uma voz mais ativa (e diferente, já que as expectativas, sonhos e experiências de vida são diferentes) a outros personagens e contribuem para o enriquecimento da história. E contribuem para a criação de histórias mais abrangentes e multifocais.
Quer conhecer melhor as obras citadas? É só clicar nas capas abaixo: