Para comemorar: 60 traduções publicadas

Sessenta.

SES-SEN-TA.

Cara… sessenta traduções publicadas. Uma estrada que começou ainda em 2008, quando traduzi meu primeiro livro, e que deve se estender ainda por uns bons anos.

A tradução não era exatamente uma carreira que eu esperava seguir. Claro, quando entrei na faculdade de propaganda & marketing, tinha bastante vontade de trabalhar com a produção e criação de textos e roteiros. A faculdade me ajudou a desenvolver o interesse pelas áreas do design gráfico; e ter voltado para o interior e encarado as dificuldades do mercado da propaganda nas primeiras décadas do século me fizeram seguir por um caminho diferente para conseguir pagar os boletos.

Mas, depois de alguns anos dando aulas de inglês veio aquela vontade de fazer algo diferente (junto com um princípio de burnout). E surgiu a possibilidade de me tornar tradutor. Uma decisão que deu aquela sensação de insegurança (quem nunca?), já que seria um salto rumo a uma nova carreira. Mas da qual não me arrependo nem por um momento, considerando todos os trabalhos que já fiz e todos os colegas de trabalho incríveis que conheci no decorrer da jornada entre tradutores, editores, preparadores, gerentes de projeto e, mais recentemente, alunos nos cursos de formação de tradutores.

Dito isso, e sessenta livros depois (SESSENTA, bicho! Sem contar os que eu traduzi, mas não foram publicados por razões diversas), vamos a alguns destaques:


O primeiro: Supersentido, de Bruce Hood. O primeiro que traduzi, o primeiro que chegou ao mercado… e o primeiro a gente nunca esquece.

O primeiro best-seller: Um amor para recordar, de Nicholas Sparks. Claro que o fato de terem adaptado o livro para o cinema ajudou nas vendas, mas foi a primeira vez que vi uma tradução minha entre os top-tops.

Aquele que considero o melhor dos que já traduzi: Ruínas do Tempo, de Jess Walter. Não se deixe enganar pela capa; não é um romance água com açúcar. O negócio é bem mais complexo.

O maior de todos: Um Conto do Destino, de Mark Helprin. 750 páginas no original; tradução executada em seis semanas, porque o livro tinha que ser lançado junto com o filme. Quase morri. E o filme, que deveria ajudar a vender o livro, era ruim demais. Mesmo com astros do calibre de Colin Farrell, Russell Crowe, William Hurt, Jennifer Connelly, Will Smith e Jessica Brown Findlay.

A quatro mãos: Simplesmente Acontece, de Cecelia Ahern. Tradução feita em conjunto com a minha amiga (e profissional competentíssima) Amanda Moura. Também virou filme e teve mais sucesso que “Um Conto do Destino” 😛

Aquele que todo mundo ACHA que eu traduzi: Querido John, de Nicholas Sparks. Sério, veja nos créditos. Nesse livro eu fiz a revisão, mas, por algum motivo, todo mundo pensa que a tradução é minha (e me perguntam a respeito até hoje).

O que me deu pesadelos: A Casa do Céu, de Amanda Lindhout e Sara Corbett. Difícil não se deixar afetar pelo relato de uma jornalista que passou 18 meses sequestrada na Somália.

O primeiro infantojuvenil: Como Ser Um Supervilão, de Michael Fry. Além de ser uma história incrível, foi também a minha primeira experiência com tradução de quadrinhos, já que o livro mistura texto corrido e quadrinhos no decorrer da narrativa. E tem o volume 2 também!

As biografias: Destaque para duas: Não Sou um Anjo, de Tom Bower (a biografia não autorizada de Bernie Ecclestone) e Eu Sou Brian Wilson, escrita pelo próprio e também por Ben Greenman. Eu não tinha o hábito de ler biografias até começar a traduzi-las.

A série mais longa: A Barraca do Beijo, de Beth Reekles. 3 livros principais, 2 spin-offs e um conto que está disponível como e-book. E se os leitores gostam e compram, quem sou eu para recusar trabalho? 😉

Claro, esses são só alguns dos sessenta. Mas você pode conhecer todos eles dando uma olhada lá na minha página do portfólio, onde todos os sessenta livros estão registrados em toda a sua glória. E algum dia, quem sabe? Talvez eu faça um post com os livros que traduzi, mas que não foram publicados por um motivo ou outro 🙂

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